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    segunda-feira, maio 25, 2009

    Bruna Alves ás 17:33 //


    Não entendo frio. Mas tal tem certa capacidade de me prender no caminho pela janela do quarto quando percebo a luz acinzentada. Estranhamente ele me aquece, como se fosse uma velha lembrança de inverno. E eu nunca entendi o que o inverno significou para mim.

    Quase posso ver as pessoas andando nas ruas com seus agasalhos e sorrisos bobos de uma conversa as escondidas. Mas é somente impressão.

    Todas as janelas estão agora fechadas e eu consigo pensar naqueles dias quentes com pessoas agitadas nas ruas. Não gosto desses personagens no meio da tela que tenho pelas janelas abertas. Mal posso ver as folhas da amendoeira balançando com o vento colorido que o verão costuma proporcionar.

    E o inverno trazia aquela lembrança da árvore se mexendo suavemente com o vento leve e monocromático. Trazendo de volta aquela melancolia das horas que gastava na janela. Observando o Sol sumir por trás do pé de oiti e a noite aparecer de repente, rasgando um sorriso incompreendido em meu rosto.

    E o vento monocromático trazia aquela lembrança daquelas baboseiras confortavelmente risonhas que esperavam o dia nascer para contar quantas cores o céu teria logo pela manhã. Quando a luz ainda se despertava e era possível assistir tudo começar a se mover novamente sob a luz branca do amanhecer.

    A lágrima não se contém em rolar pelo meu rosto, deslizando até os lábios que desenham um sorriso encantado. E eu nem ao mesmo me lembro porque de me sentir assim.

    É somente aquela sensação de que tudo está frio e cinza, aquela sensação acolhedora que, poucos anos atrás, era somente mais um motivo para usar de minhas horas escorada na janela. E por um momento tudo parece perfeito, e eu pareço somente alheia ao mundo, pensando nas estrelas, na pequena coisa que eu sou, no meu sorriso que só aumenta enquanto eu observo o céu ganhando o seu tom negro de noite gelada e continuo cantarolando as músicas que aprendi a gostar com meu pai, e eu simplesmente não estou mais nesse mundo.

    E hoje à noite, quando fecho os olhos, penso em como amanhã poderia estar frio e eu me sacudiria na cama sorrindo logo pela manhã, puxando os cobertores para andar pela casa e parar na janela observando as pessoas e suas janelas trancadas, o vento cinza correndo novamente pela amendoeira e estupidamente torceria para que começasse a chover e eu pudesse chorar por aquela sensação que o frio me trazia, sem parecer boba. Somente me sentindo assim.